Presentemente,
na organização social, apenas podemos considerar a hierarquia oficialmente
reconhecida:
Sobas 26
e Seculos 27,
estando estes subordinados àqueles. Uns e outros tendo os seus auxiliares -
"Vipundi" 28
e "Menempele" 29,
respectivamente.
Porém,
entre si, conservam ainda, como nos tempos antigos, os seus "Hamba"
30,
que são os que em tudo e todos mandam. Designam-nos também de "Lombe", termo que também usam quando se referem às
autoridades administrativas. O Hamba tem os seus ministros,
já indicados na descrição da festa do "Djélua" ou boi
sagrado.
Assim,
se o Regedor designado pela autoridade administrativa
não for Hamba, estará subordinado e terá que obedecer a
outro que o seja. Na área do Posto Sede do
Concelho da
Chibia, por exemplo,
dos três Sobas - Regedores - existentes,
dois são Hamba e um não.
O
processo de escolha é limitado à sucessão hereditária. Assim, a sucessão
recai sobre o filho de uma irmã do rei - aquele que tiver maior prestígio -
ou, na falta de sobrinhos, um primo, filho de uma tia.
O
poder da autoridade gentílica, quer sob o ponto de vista oficial, quer sob o não
oficial, é hoje muito limitado.
Como
sinais exteriores de autoridade, presentemente, usam as fardas que lhes são
distribuídas pelo Governo. No entanto, devemos considerar ainda os que
se referem ao Hamba que, tanto antigamente como ainda hoje,
nas cerimónias tradicionais, usam um gorro em rede, feito de casca
de
embondeiro 31, com quatro búzios, a que chama "Kaúia", um porrinho
e um machadinho 32
e, por vezes, ainda um pau ou vara metálica, com forquilha 33, podendo este último ser usado
pelos mais velhos.
O
machadinho do Hamba não é afiado. No seu cabo, bem como na moca do
porrinho, é esculpida a face de uma pessoa. Todos os objectos indicados, como já
se referiu, com excepção do "pangoti", só são usados nas cerimónias
tradicionais.
Em
casa do Hamba não podem entrar visitantes calçados, os quais não
podem também comer nas suas imediações.
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